CAGED: Distrito Federal cria 2.731 empregos em setembro

Resumo

  • O Distrito Federal criou 2.731 vagas formais de emprego em setembro de 2020.
  • O resultado de setembro representa o terceiro saldo positivo consecutivo desde fevereiro, tanto para o Distrito Federal quanto para o Brasil.
  • Apesar das admissões superarem os desligamentos, a capital do país encontra-se em 8º lugar no ranking de Unidades da Federação (UF) com menor saldo de vagas formais de emprego no mês de setembro.
  • Em setembro, todos os grandes setores econômicos registraram saldos positivos em seu número de postos de trabalho.
  • Em setembro, a Indústria e os Serviços registaram saldos positivos em seu número de postos de trabalho. O saldo da Agropecuária foi negativo, porém muito próximo de nulo.
  • No ano, os desligamentos superam as admissões em -18.779 vagas de emprego no mercado de trabalho distrital. No Brasil, o saldo negativo é de -559 mil vagas.

Em setembro de 2020, o número de desligamentos ficou abaixo das admissões realizadas no Distrito Federal pela terceira vez consecutiva no ano. O saldo do mês foi uma geração de 2.731 postos de trabalho formal. Esse dado, divulgado pela Secretaria do Trabalho do Ministério da Economia, pode sinalizar a manutenção do movimento gradual de recuperação do mercado de trabalho local após quatro meses de saldos negativos e uma resposta à reabertura econômica na região.

Gráfico 1 – Evolução das admissões (+1), desligamentos (-1) e do saldo de empregos – Distrito Federal – janeiro a setembro de 2020 – número de vagas

Fonte: CAGED/Ministério da Economia. Elaboração: GECON/DIEPS/Codeplan.

O mês de setembro marcado pelo afrouxamento das regras de funcionamento de diversas atividades, observando a reabertura em larga escala do comércio e serviços locais, com o fechamento econômico sendo limitado a atividades pontuais, como cinemas e aulas presenciais. Ainda assim, as demais atividades comerciais operaram com diversas restrições e a população não recuperou plenamente a confiança e a renda necessárias para retomar seus antigos padrões de consumo e, consequentemente, para os estabelecimentos contratarem mais empregados. Os efeitos da pandemia sobre o mercado de trabalho do DF, portanto, ainda devem ser visíveis ao longo de todo o ano.

A capital do país apresenta a criação de 2.731 empregos formais, se encontrando no 8º lugar no ranking de UFs com menor saldo de vagas formais de emprego no mês. Os maiores saldos foram os de São Paulo (75.706 postos), Minas Gerais (36.505) e Santa Catarina (24.827), enquanto o menor saldo foi observado no Amapá (450 postos). No Brasil, foram criadas 313.564 vagas, melhor resultado para um mês de setembro da série histórica do indicador.

Gráfico 2 – Comparativo do saldo do mercado de trabalho – Distrito Federal e estados brasileiros – setembro de 2020 – número de vagas

Fonte: CAGED/Ministério da Economia. Elaboração: GECON/DIEPS/Codeplan.

O resultado positivo no saldo de postos de trabalho no mês é corroborado pela análise setorial da economia local (Tabela 1). Entre os grandes setores, apenas a Agropecuária apresentou saldo negativo, ainda que muito próximo de estabilidade (-9 postos).

A Indústria contribuiu com a geração de 864 empregos no mês, impulsionada pelo saldo da Construção (751 vagas), que vem apresentando expansão desde junho. Quanto aos Serviços, bastante afetados pela pandemia, o setor criou 1.876 vagas de trabalho do mês, com destaque para as atividades de Alojamento e alimentação (452 postos), que apresentaram seu primeiro saldo positivo desde o mês de fevereiro. Apesar da recuperação deste setor, atividades específicas, como os serviços de Transporte, armazenagem e correio (-148 postos) e os Outros Serviços (-195 postos), seguem apresentando volume de desligamentos acima de novas admissões.

Finalmente, o resultado de agosto é o terceiro positivo consecutivo desde fevereiro tanto para o Distrito Federal quanto para o Brasil, apontando indícios de recuperação do mercado formal de trabalho.

Acumulado do ano

Considerando o período entre janeiro e setembro de 2020, o saldo entre as admissões (+1) e os desligamentos (-1) mostra o fechamento de -18.779 vagas de emprego no ano corrente. Essa situação é preocupante pelo fato de que aquelas pessoas que não conseguem se recolocar no mercado de emprego sofrem uma redução significativa de seu poder de compra e, consequentemente, diminuem o seu consumo. Por sua vez, a menor demanda compromete o processo de recuperação econômica e gera problemas sociais. Meses recentes, porém, têm apontado sinais de recuperação do mercado de trabalho em todas as unidades federativas. No país, no acumulado até setembro de 2020, foram extintos 559 mil postos de trabalho formais.

Tabela 1 – Saldo das admissões (+1) e desligamentos (-1) formais, por setor de atividade econômica – Brasil e Distrito Federal – setembro de 2020

Fonte: CAGED/Ministério da Economia. Elaboração: GECON/DIEPS/Codeplan.