PMC: Comércio do DF cresce 7,0% em abril de 2021

RESUMO

  • O volume de vendas no comércio do Distrito Federal subiu 7,0% em abril de 2021 em relação a março, já ajustado pela sazonalidade do período.
  • No acumulado em 12 meses, a capital acumula queda de 2,6% no seu volume de vendas.
  • Oito segmentos, dos dez pesquisados pelo IBGE, apresentaram alta na variação mensal em abril de 2021.
  • Na variação mensal, os Tecidos, vestuários e calçados destacaram-se pelo crescimento de 1.543,5% em relação a abril de 2020. No acumulado em 12 meses, o segmento aponta variação de -20,1%.
  • No Brasil, o comércio varejista ampliado apresentou, em abril de 2021, alta expressiva de 41,0% na variação do mês contra mesmo mês do ano anterior e alta de 3,5% no acumulado em 12 meses.

Tabela 1 – Volume de vendas do comércio varejista ampliado – Indicadores selecionados (%) – Brasil e Distrito Federal – fevereiro de 2021 a abril de 2021

Fonte: PMC/IBGE. Elaboração: GECON/DIEPS/Codeplan

Variação no mês

O volume de vendas do comércio varejista ampliado da capital federal subiu 7,0% em abril de 2021 contra o mês anterior (Tabela 1), considerando a sazonalidade do período. O percentual se deve, entre outros fatores, à diminuição das restrições contra o avanço da Covid-19 no DF, aquecendo novamente o consumo da população. O desempenho nacional ficou abaixo do distrital em abril, uma vez que o Brasil verificou, na mesma base de análise, uma alta de 3,8%.

Quando a comparação é feita ante ao mesmo mês do ano anterior, o resultado é potencializado, com variação positiva de 29,3%. Isso se deve, em parte, ao grande impacto sofrido com o início da pandemia e suas incertezas que deprimiu bastante o comércio no mês de abril de 2020, mês de maior intensidade das restrições ao funcionamento dos estabelecimentos comerciais no Distrito Federal (Gráfico 1). No acumulado do ano, o comércio da capital federal registra uma estabilidade, 0,0%, zerando as perdas registradas nos 3 primeiros meses do ano.

Vale ressaltar que os resultados de abril refletem a diminuição das medidas restritivas reforçadas desde o início do ano para combater o recrudescimento da pandemia, o que ajudou o resultado positivo do comércio varejista ampliado. Além disso, com o avanço do programa nacional de imunização e o relaxamento das restrições, a tendência é que haja uma melhora gradual do desempenho econômico da região.

Desempenho em 12 meses

No acumulado em 12 meses, com o bom desempenho do mês de abril, o Distrito Federal reverteu parcela significativa da queda do comércio varejista ampliado e registrou uma variação de -2,6%. Esse percentual é inferior ao observado em março de 2021, quando o indicador chegou a apontar retração de 6,5% nos últimos 12 meses.

No Brasil, o resultado acumulado entre maio de 2020 e abril de 2021 mostrou um crescimento de 3,5%, evidenciando que o país conseguiu reverter as perdas totais observadas ao longo de 2020. Não era observado uma variação positiva no comércio nacional desde abril de 2020, quando registrou alta de 0,8%.

Fonte: PMC/IBGE. Elaboração: GECON/DIEPS/Codeplan

Atividades comerciais

A análise detalhada por atividade comercial mostra que oito segmentos, dos dez pesquisados pelo IBGE, apresentaram expansão no volume de vendas em abril de 2021.

O grande destaque de alta é do segmento de Tecidos, vestuários e calçados que cresceu 1.543,5% em relação a abril de 2020. No acumulado em 12 meses, o segmento apresenta queda de 20,1%. Mesmo com um expressivo resultado mensal em abril de 2021, as quedas mensais desde o início da pandemia (março de 2020) ainda impactam no resultado em 12 meses.

Logo atrás, aparece o segmento de Livros, jornais, revistas e papelaria com alta de 117,1% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Resultado positivo que não se manteve na comparação em 12 meses, tendo o pior resultado entre os segmentos (-35,2%).

O segmento de Outros artigos de uso pessoal e doméstico apresentou alta de 109,7% em relação a abril de 2020. Resultado que não se mantém na comparação em 12 meses, com queda de -1,1%.

Outros segmentos registraram alta no mês de abril, como Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (69,7%), Veículos, motocicletas, partes e peças (60,2%), Material de construção (46,7%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (32,0%).

Entre os destaques negativos, Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo registraram o pior resultado mensal (-27,2%) na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Logo em seguida, Combustíveis e lubrificantes registraram queda de 12,5% em comparação a abril de 2020.

Na variação acumulada em 12 meses, o resultado é o inverso da comparação mensal, com apenas dois segmentos registrando alta, sendo eles Material de construção (18,2%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (5,8%).

 Fonte: PMC/IBGE. Elaboração: GECON/DIEPS/Codeplan

A Pesquisa Mensal de Comércio é realizada pelo IBGE e busca analisar o desempenho conjuntural do comércio varejista. O comércio varejista ampliado agrega ao grupamento do varejo propriamente dito o comércio de Veículos e motos, partes e peças e de Material de construção. Todos os dados apresentados têm como fonte o IBGE.