Resumo
- O volume de vendas no comércio varejista ampliado do Distrito Federal caiu 0,4% em junho de 2021 em relação a maio, já ajustado pela sazonalidade do período.
- No acumulado em 12 meses, a capital apresenta queda de 1,4% no seu volume de vendas.
- Sete segmentos dos 10 pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apresentaram alta na variação mensal em junho de 2021.
- Na variação mensal, o segmento de Tecidos, vestuários e calçados, destacou-se pelo crescimento de 64,5% em relação a junho de 2020. No acumulado em 12 meses, o segmento aponta variação de 1,8%.
- No Brasil, o comércio varejista ampliado apresentou, em junho de 2021, alta de 6,3% na variação do mês, contra o mesmo mês do ano anterior. E alta de 5,9% no acumulado em 12 meses.
Tabela 1 – Volume de vendas do comércio varejista ampliado – Indicadores selecionados (%) – Brasil e Distrito Federal – abril de 2021 a junho de 2021
Fonte: PMC/IBGE. Elaboração: GECON/DIEPS/Codeplan
Variação no mês
O volume de vendas do comércio varejista da capital federal caiu 0,4% em junho de 2021 contra o mês anterior, considerando a sazonalidade do período. O desempenho nacional ficou abaixo do distrital em junho, novamente, uma vez que o Brasil registrou, na mesma análise, uma queda de 1,7%, como é mostrado na Tabela 1.
Quando a comparação é feita com o mesmo mês do ano anterior, o resultado é diferente, com variação positiva de 4,2%. Nesse período do ano passado, o comércio varejista ampliado estava passando por uma retomada gradativa de suas atividades, se adaptando a nova realidade causada pela pandemia do coronavírus. No acumulado do ano, o comércio do Distrito Federal registra queda de 1,4%
Vale ressaltar que, com o avanço do programa nacional de imunização e o fim gradativo das restrições, a tendência é que haja uma melhora gradual do desempenho econômico da região, como foi visto em abril e maio, mas não tanto em junho de 2021.
Desempenho em 12 meses
No acumulado em 12 meses, com o fraco desempenho do mês de junho, o Distrito Federal reverteu a alta registrada no mês anterior e observou uma queda de 1,4%, interrompendo uma sequência de meses em recuperação iniciada em fevereiro de 2021, quando havia variado -7,5%.
No Brasil, o resultado acumulado entre julho de 2020 e junho de 2021, mostrou um crescimento de 5,9%, sinalizando o fortalecimento da recuperação econômica e revertendo as perdas observadas ao longo de 2020.
Fonte: PMC/IBGE. Elaboração: GECON/DIEPS/Codeplan
Atividades comerciais
A análise detalhada por atividade comercial mostra que sete segmentos, dos dez pesquisados pelo IBGE, apresentaram expansão no volume de vendas em junho de 2021.
O destaque de alta é do segmento de Tecidos, vestuários e calçados que cresceu 64,5% em relação a junho de 2020. Os resultados de abril (+ 1.542,0%) e maio (+ 308,6%) contribuíram com o resultado no acumulado em 12 meses de 1,8% no mês de junho de 2021.
Logo atrás, aparece o segmento de Livros, jornais, revistas e papelaria com alta de 45,8% em relação ao mesmo mês do ano anterior. O resultado positivo não se manteve na comparação em 12 meses, registrando variação de -23,3% para o mês de junho de 2021.
O segmento de Outros artigos de uso pessoal e doméstico apresentou alta de 35,6% em relação a junho de 2020. O resultado positivo se manteve no acumulado em 12 meses, com alta de 11,4% no volume de vendas.
Outros segmentos registraram alta no mês de maio, como por exemplo, Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (17,8%), Veículos, motocicletas, partes e peças (16,2%), Material de construção (13,2%), Móveis e Eletrodomésticos (12,4%).
Entre os destaques negativos, Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo registraram o pior resultado mensal (-17,9%) na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Logo em seguida, aparecem Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação ( -16,3%) e Combustíveis e lubrificantes (-4,2%).
Na variação acumulada em 12 meses, o segmento de destaque é o de Móveis e Eletrodomésticos (60,6%), seguido por Material de construção (19,8%). Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (10,8%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (11,4%) encerraram os segmentos que obtiveram variação positiva nessa comparação. Veículos, motocicletas, partes e peças anularam as perdas e registraram estabilidade (0,0%) na mesma comparação.
Fonte: PMC/IBGE. Elaboração: GECON/DIEPS/Codeplan
A Pesquisa Mensal de Comércio é realizada pelo IBGE e busca analisar o desempenho conjuntural do comércio varejista. O comércio varejista ampliado agrega ao grupamento do varejo propriamente dito, o comércio de Veículos e motos, partes e peças e de Material de construção. Todos os dados apresentados têm como fonte o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.