Comércio varejista permanece estável no DF

RESUMO

  • O volume de vendas no comércio varejista ampliado do Distrito Federal registrou estabilidade em julho de 2021 (+0,1%) em relação a junho, já ajustado pela sazonalidade do período.
  • No acumulado em 12 meses, a capital apresenta alta de 2,3% no seu volume de vendas.
  • Quatro segmentos dos 10 pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)apresentaram alta na variação mensal em julho de 2021.
  • Na variação mensal, o segmento Outros artigos de uso pessoal, destacou-se pelo crescimento de 50,6% em relação a julho de 2020. No acumulado em 12 meses, o segmento aponta variação de 16,8%.
  • No Brasil, o comércio varejista ampliado apresentou, em julho de 2021, alta de 7,1% na variação do mês contra o mesmo mês do ano anterior. E alta de 8,4% no acumulado em 12 meses.

Tabela 1 – Volume de vendas do comércio varejista ampliado – Indicadores selecionados (%) – Brasil e Distrito Federal – maio de 2021 a julho de 2021

Fonte: PMC/IBGE. Elaboração: GECON/DIEPS/Codeplan

Variação no mês

O volume de vendas do comércio varejista da capital federal registrou estabilidade em julho de 2021 (+0,1%) contra o mês anterior, considerando a sazonalidade do período. O desempenho nacional ficou acima do distrital em julho, com o Brasil anotando uma alta de 1,1% no mesmo período, como é mostrado na Tabela 1.

Quando a comparação é feita com o mesmo mês do ano anterior, o resultado é diferente, com uma variação negativa de 0,3% no DF. Nesse período do ano passado, o comércio varejista ampliado estava reaquecendo, demonstrando sinais de recuperação gradativa após um período de fraco desempenho por conta da pandemia do coronavírus. No acumulado do ano, o comércio do Distrito Federal regista alta de 2,3%.

Vale ressaltar que, com o avanço do programa nacional de imunização e o fim gradativo das restrições, a tendência é que haja uma melhora gradual do desempenho econômico da região.

Desempenho em 12 meses

No acumulado em 12 meses, a capital federal reverteu a queda registrada em junho e observou alta de 2,3%, melhor resultado desde março de 2020 quando anotou alta de 2,9%, em um período pré pandemia.

No Brasil, o resultado acumulado entre agosto de 2020 e julho de 2021, mostrou um crescimento de 8,4%, mantendo sinais de recuperação econômica.

Fonte: PMC/IBGE. Elaboração: GECON/DIEPS/Codeplan

Atividades comerciais

A análise detalhada por atividade comercial mostra que quatro segmentos, dos dez pesquisados pelo IBGE, apresentaram expansão no volume de vendas em julho de 2021.

O destaque de alta é do segmento de Outros artigos de uso pessoal e doméstico que cresceu 50,6% em relação a julho de 2020. O resultado positivo se manteve no acumulado em 12 meses com variação de +16,8%. Logo atrás, aparece o segmento de Tecidos, vestuários e calçados com alta de 42,7% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Já no acumulado em 12 meses, o segmento registra alta de 9,7%. Ambos apresentam variações intensas, em parte, por causa de um efeito base. Isso se deve por terem mantido um baixo nível de atividade ao longo de 2020.

Fechando os resultados positivos, temos os segmentos de Veículos, motocicletas, partes e peças (12,6%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, etc. (8,0%). No acumulado em 12 meses, essas atividades comerciais registraram, respectivamente, crescimentos de 2,9% e 10,6%.

Entre os destaques negativos, Móveis e eletrodomésticos registraram pior resultado mensal (-21,4%) na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Logo em seguida, aparecem Hipermercados, supermercados, etc. (-15,8%), Combustíveis e lubrificantes (-14,4%), Equipamentos e materiais para escritório (-7,9%), Material de construção (-4,5% e Livros, jornais, revistas e papelaria (-3,9%).

Na variação acumulada em 12 meses, o segmento de destaque é o de Móveis e eletrodomésticos (47,2%), seguido por Material de construção (16,9%). No sentido oposto, verifica-se que as atividades relacionadas com o comércio de Livros, jornais, revistas e papelaria (-21,1%) e de Combustíveis e lubrificantes (-20,6%) se destacaram com os resultados mais negativos no período considerado.

 Fonte: PMC/IBGE. Elaboração: GECON/DIEPS/Codeplan

A Pesquisa Mensal de Comércio é realizada pelo IBGE e busca analisar o desempenho conjuntural do comércio varejista. O comércio varejista ampliado agrega ao grupamento do varejo propriamente dito, o comércio de Veículos e motos, partes e peças e de Material de construção. Todos os dados apresentados têm como fonte o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.