Resumo
- O IPCA-15 do Distrito Federal se elevou em 1,45% no período de 14 de agosto a 14 de setembro.
- O resultado é o segundo maior entre as principais capitais, ficando atrás apenas de Curitiba (PR).
- A principal contribuição positiva foi do grupo Transportes (+0,94 p.p.).
- A Combustíveis (veículos) representou a maior alta entre os itens (+0,65 p.p).
Gráfico 1- IPCA-15: Variação mensal e acumulada em 12 meses (%) – Brasil e regiões pesquisadas – setembro de 2021
O nível de preços praticado no DF em setembro de 2021 se elevou em 1,45% na comparação com o mês anterior, de acordo com os resultados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o IPCA-15, como é visto no Gráfico 1. O resultado mostra uma inflação acima da média nacional (1,14%) e é a segunda maior variação entre as regiões analisadas. No acumulado em 12 meses, a capital federal registra uma inflação de 9,07%, segunda menor variação entre as regiões e acima do limite superior estipulado pelo Banco Central para o ano de 2021 (5,25%).
Em setembro, a alta em Transportes, novamente, representou o maior peso dentro do índice geral (0,94 p.p) e a maior variação do mês (3,98%). Entre os nove grupos analisados pelo IBGE, apenas Educação (0,00 p.p) e Comunicação (-0,01 p.p) não apresentaram contribuição positivas, mediante variações mensais de -0,02% e -0,11%, respectivamente, como é mostrado no Gráfico 2.
Gráfico 2: IPCA-15: Variação (%) e contribuição (p.p.), por grupo de produtos – Distrito Federal – setembro de 2021
As Tabelas 1 e 2 mostram as contribuições de itens e subitens para o resultado geral, respectivamente. Nas duas tabelas, as principais contribuições vieram de Combustíveis (+0,65 p.p) e Gasolina (+0,63 p.p) respectivamente. Importante mencionar que essa é a quarta alta consecutiva da gasolina, que subiu 2,85% entre agosto e setembro, 33,37% no ano e 39,05% nos últimos 12 meses. Em seguida, os maiores acréscimos são atribuídos ao serviço de Transporte público (+0,26 p.p), em função, principalmente, do comportamento dos preços de Passagem aérea (+0,25 p.p), esse último tendo variação de 40,03% no DF. Energia elétrica residencial aparece na terceira posição com variação de 5,14% e contribuição de 0,14 p.p, refletindo, em parte, os acréscimos ao custo do consumo de energia decorrente da criação da bandeira tarifária de Escassez Hídrica, que passou a valer em 1º de setembro e valor de R$ 14,20 a cada 100 quilowatt-hora consumidos.
Tabela 1 – IPCA-15: Maiores contribuições (p.p.) e suas respectivas variações (%), por item – Distrito Federal – setembro de 2021
Entre as contribuições negativas, o subitem Seguro voluntário de veículo registrou queda de 3,36% nos preços, contribuindo negativamente para o índice geral em 0,04 p.p. Nesse quesito, é importante mencionar que, a partir de 1º de setembro, foi autorizada a venda de seguros de veículo por tipo de cobertura, visando reduzir o custo de contratação do serviço. Essa reformulação dos seguros deve impactar os preços conforme os clientes forem revisando as suas apólices.
Tabela 2 – IPCA-15: Maiores contribuições (p.p.) e suas respectivas variações (%), por subitem – Distrito Federal – setembro de 2021
