- A taxa de desemprego do Distrito Federal ficou em 18,2% em agosto de 2021.
- A taxa de participação aumentou 0,5 p.p. em relação a julho e foi de 65,9% em agosto.
- Apenas a Indústria de Transformação apresentou retração no número de ocupados em suas atividades. Entre julho e agosto de 2021, 1 mil pessoas saíram desse segmento.
- O crescimento dos demais segmentos (+12 mil pessoas) superou essa queda.
- O rendimento habitual médio em julho apresentou crescimento real de 1,9% em relação a junho, segunda alta do indicador em 2021.
Gráfico 1 – Evolução da taxa de desemprego e da taxa de participação – percentual (%) – Distrito Federal – julho de 2020 a agosto de 2021
Em agosto de 2021, o contingente de desempregados do Distrito Federal cresceu em relação a julho e foi estimado em 304 mil pessoas, representando 18,2% da população que busca uma vaga no mercado de trabalho. O percentual representa neutralidade em relação ao mês anterior, como mostra o Gráfico 1.
Apesar da estabilidade, é importante mencionar que a taxa de desemprego verificada em agosto está acima da média histórica da PED para o mês de referência, calculada em 17,6%. Esse movimento, no entanto, era esperado dada a sazonalidade do período. Conforme observado no Gráfico 2, a taxa de desocupação média não apresenta variação significativa entre os meses de julho e agosto.
Gráfico 2 – Taxa de desemprego agrupada por mês e média mensal – percentual (%) – janeiro de 2016 a agosto de 2021 – Distrito Federal
A decomposição da variação da taxa de desemprego em agosto permite identificar que o aumento da taxa de participação contribuiu positivamente para elevar o indicador em 0,5 ponto percentual (p.p.), assim como o crescimento da População em Idade Ativa (+0,1 p.p.), como mostra o Gráfico 3. Essa pressão para o aumento do desemprego foi compensada pela expansão do número de ocupados no período, que passou de 1,35 milhão para 1,36 milhão de pessoas, o que colaborou para reduzi-lo em 0,7 p.p. e, consequentemente, para manter a taxa de desemprego estável em relação a julho.
Gráfico 3 – Decomposição da variação da taxa de desemprego – pontos percentuais (p.p.) – Distrito Federal – agosto de 2021
A geração local de postos de trabalho em agosto se concentrou no setor de Administração pública, defesa e seguridade social, que encerrou o mês com 7 mil novas vagas de emprego formal (+4,2%). Em seguida, o setor de Serviços aparece com 6 mil novos empregos (+0,6%) e Construção (+5,6%) e Comércio e reparação (+1,6%) apontaram criação de 4 mil novas vagas de emprego formal cada. O segmento de Indústria de transformação foi o único a apresentar variação negativa (-2,2%), com perda de 1 mil vagas.
Tabela 1 – Estimativa do número de ocupados, segundo setores de atividade – mil pessoas – Distrito Federal – julho e agosto de 2021
Entre as posições na ocupação, observou-se uma alta no número trabalhadores autônomos (+4,1% ou 10 mil pessoas) e no de empregados no setor público (+3,3% ou 9 mil novos postos de trabalho). O número de trabalhadores domésticos manteve-se estável e registrou 89 mil pessoas nessa posição. No setor privado, houve redução no número de pessoas empregadas tanto com carteira assinada (-0,2% ou -1 mil pessoas) quanto sem (-2,1% ou -2 mil pessoas).
Por último, o rendimento médio real no Distrito Federal entre junho e julho teve uma alta de 1,9%, passando de R$ 3.693 em junho para R$ 3.764 em julho. Esse movimento representa ganhos no poder de compra da população e, portanto, elevação do potencial de consumo local.
Tabela 2 – Estimativas consolidadas da Pesquisa de Emprego e Desemprego do Distrito Federal – julho e agosto de 2021
