IPCA – INPC Brasília: Preços avançam 0,79% no DF em setembro

1 – ÍNDICE NACIONAL DE PREÇOS AO CONSUMIDOR AMPLO – IPCA

O Distrito Federal registrou inflação de 0,79% em setembro de 2021. Em comparação com as 16 regiões pesquisadas pelo IBGE, esse resultado representou a menor variação mensal observada no período. A média nacional foi de 1,16%. Em 12 meses, a inflação acumulada entre outubro de 2020 e setembro de 2021 observou alta de 9,06%, valor que supera o limite superior da meta de inflação do ano (5,25%), mas que está abaixo da variação de preços do Brasil (10,25%).

Gráfico 1 – IPCA – Variação mensal e acumulada em 12 meses (%) – Brasil e Regiões Pesquisadas – setembro de 2021

 Fonte: IBGE. Elaboração: Codeplan/Gecon-Nupre

O grupo Habitação foi o principal responsável pelo resultado de setembro, contribuindo com +0,25 ponto percentual (p.p.) para o índice geral. O principal vetor inflacionário desse grupo foi a Energia elétrica residencial (+6,06%, ou 0,17 p.p.), após a instituição da bandeira tarifária de escassez hídrica, com adicional de R$ 14,20 para cada 100 KWh consumido. Houve também um reajuste de 5+,00% no Gás de botijão, contribuindo com 0,04 p.p. para o resultado do grupo.

Em seguida aparecem os grupos dos Transportes (+0,20 p.p.) e Alimentação e bebidas (+0,19 p.p.). O primeiro se destaca pela contribuição positiva apesar de uma queda nos preços da Gasolina (-0,81%, ou -0,07 p.p.), produto que vinha pressionando o índice de preços nacional e distrital ao longo do segundo semestre do ano. Isso se deveu à alta de 40,03% nos preços da Passagem aérea, em função da sazonalidade do período, uma vez que o mês de setembro apresenta mais feriados e, portanto, uma maior demanda por viagens. Já o segundo grupo apresentou uma alta difusa nos seus preços, sem grandes pontos focais. A maior contribuição veio da Alimentação fora do domicílio (+0,04 p.p.).

Os grupos de Despesas pessoais (+0,07 p.p.), Vestuário (+0,04 p.p.), Artigos de residência (+0,04 p.p.), Comunicação (+0,01 p.p.) e Saúde e cuidados pessoais (+0,01 p.p.) tiveram contribuições também positivas, porém mais amenas, no mês de setembro. Apenas a Educação apontou deflação no período, e mesmo assim de forma pouco intensa (contribuição de -0,01 p.p.). Dessa forma, dos nove grupos pesquisados pelo IBGE, oito apresentaram altas em seus preços.  

Gráfico 2 – IPCA – Variação mensal (%) e contribuição (p.p.), por grupo – Brasília – setembro de 2021

Fonte: IBGE/ Elaboração: Codeplan/Gecon-Nupre

Tabela 1 – IPCA – 10 maiores contribuições positivas (azul) e negativas (laranja) e suas respectivas variações mensais, por subitem – Distrito Federal – setembro de 2021

Fonte: IBGE/ Elaboração: Codeplan/Gecon-Nupre

2 – ÍNDICE NACIONAL DE PREÇOS AO CONSUMIDOR – INPC

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que calcula a inflação incidente sobre as famílias com rendimentos entre um e cinco salários mínimos, observou variação positiva de +0,90% em setembro de 2021, acima do valor registrado pelo IPCA (+0,79%) no período. O índice foi o segundo menor entre as regiões pesquisadas, ficando abaixo da média nacional para o período (+1,20%). No acumulado em 12 meses, a inflação excede o limite superior da meta de inflação tanto na capital federal (+10,08%) quanto na média nacional (+10,78%).

Gráfico 3 – INPC – Variação mensal e acumulada em 12 meses (%) – Brasil e Regiões Pesquisadas – setembro de 2021

Fonte: IBGE/ Elaboração: Codeplan/Gecon-Nupre

As contribuições dos grupos para o resultado mensal seguem o mesmo padrão observado no IPCA, com a ressalva que os grupos de Habitação Alimentação e bebidas possuem um peso mais alto na cesta do INPC, explicando o maior resultado desse índice. Assim, a inflação do período veio principalmente de Habitação (+0,40 p.p.), seguido de Alimentação e bebidas (+0,22 p.p.) e Transporte (+0,11 p.p.). As Despesas pessoais (+0,06 p.p.), Artigos de residência (+0,04 p.p.), Vestuário (+0,03 p.p.), Saúde e cuidados pessoais (+0,02 p.p.) e Comunicação (+0,01 p.p.) apresentaram altas menos intensas. Por outro lado, a Educação se manteve estável, com contribuição nula.

As contribuições dos grupos para o resultado mensal seguem o mesmo padrão observado no IPCA, com a ressalva que os grupos de Habitação Alimentação e bebidas possuem um peso mais alto na cesta do INPC, explicando o maior resultado desse índice. Assim, a inflação do período veio principalmente de Habitação (+0,40 p.p.), seguido de Alimentação e bebidas (+0,22 p.p.) e Transporte (+0,11 p.p.). As Despesas pessoais (+0,06 p.p.), Artigos de residência (+0,04 p.p.), Vestuário (+0,03 p.p.), Saúde e cuidados pessoais (+0,02 p.p.) e Comunicação (+0,01 p.p.) apresentaram altas menos intensas. Por outro lado, a Educação se manteve estável, com contribuição nula.

Gráfico 4 – INPC – Variação mensal (%) e contribuição (p.p.), por grupo – Brasília – setembro de 2021

Fonte: IBGE/ Elaboração: Codeplan/Gecon-Nupre

Tabela 2 – INPC – 10 maiores contribuições positivas (azul) e negativas (laranja) e suas respectivas variações mensais, por subitem – Distrito Federal – setembro de 2021

Fonte: IBGE/ Elaboração: Codeplan/Gecon-Nupre

3 – IPCA POR FAIXA DE RENDA DO DISTRITO FEDERAL

Detalhando o impacto da inflação sobre as diferentes faixas de renda das famílias[1] do Distrito Federal, verifica-se que os 25% mais pobres da capital perceberam um incremento de preços de 1,12% na sua cesta de bens e serviços em setembro de 2021. Os 25% mais ricos, por sua vez, observaram uma inflação de +0,79%, enquanto os quartis intermediários apontaram +0,95%, para a faixa média-baixa, e 0,69%, para a média-alta em seus preços. Esse comportamento é explicado pela estrutura da inflação no período, uma vez que a Energia elétrica residencial possui um peso maior quanto menor a renda da família, que é forçada a dispender uma parcela maior de seu orçamento com bens de habitação. O resultado para a faixa de alta renda só não foi maior por conta do aumento dos preços das passagens aéreas em setembro, cujo peso é expressivo dentro dessa faixa.

Gráfico 5 – IPCA por faixa de renda – Variação mensal (%) – Distrito Federal – setembro de 2021

Fonte: GECON/DIEPS/CODEPLAN com dados do IBGE.

4 –  ÍNDICE CEASA DO DISTRITO FEDERAL

O ICDF de setembro de 2021 registrou variação positiva, 8,19%, em relação ao mês anterior. O Setor de Frutas registrou aumento de 10,60%, seguido do setor de Legumes, 3,79%, e de Ovos e Grãos, 0,69%, por outro lado, o Setor de Verduras caiu (-1,85%). Foram destaques: mamão hawai, 46,43%, e melão, 33,08%, devido ao aumento das exportações e goiaba, 15,38%, em entressafra; chuchu, 99,14%, com relatos de escassez de água na região, e tomate, 34,30%, com a menor entrada de outros estados; jiló, (-44,41%), abobrinha italiana, (-41,66%), e maxixe, (-28,59%), com maior produção na região, assim como repolho, (-17,10%), e milho verde, (-4,35%). A chegada de temperaturas mais elevadas e incidência de chuvas são fatores relevantes sobre a produção e o consumo de hortaliças e frutas. Ademais, os custos de produção continuam elevados. As folhagens tendem a se apreciar com o aumento da demanda e ajuste da oferta na região. As chuvas podem influenciar na produção de batata, tomate e cebola em regiões mais próximas com tendência de apreciação desses produtos.

5 –  CONSIDERAÇÕES FINAIS

  • IPCA do DF registra inflação de +0,79% em setembro, menor resultado entre as regiões pesquisadas pelo IBGE. O resultado nacional foi de +1,16%. No acumulado em 12 meses, apresenta a segunda menor inflação.
  • INPC apresenta variação de +0,90%, sendo a segunda menor variação no mês, atrás apenas de Goiânia (+0,79%). No acumulado em 12 meses, por outro lado, aparece como a sexta menor variação.
  • A alta veio principalmente dos grupos de Habitação (+0,25 p.p.) fruto as altas de 6,06% na Energia elétrica residencial e 5,00% no Gás de botijão. Os grupos Transportes (+0,20 p.p.) e de Alimentação e bebidas (+0,19 p.p.) também contribuíram com o resultado do mês;
  • O índice de difusão no mês foi de 58,2%, com oito dos nove grupos de produtos monitorados pelo IBGE apresentando inflação em setembro.
  • Entre as faixas de renda, a faixa Baixa apresentou uma inflação de 1,12% no mês, a Média-baixa de 0,95%, a Média-alta de 0,69% e a Alta de 0,79%.

Para os próximos meses

  • Bandeira tarifária vermelha patamar 2 com adicional de escassez hídrica se mantém em outubro.