Idecon-DF: 1º trimestre de 2022

Resumo

  • No primeiro trimestre de 2022, o Idecon-DF avançou 2,3% em relação ao mesmo trimestre 2021, mostrando uma economia dinâmica no DF. Na mesma comparação, o PIB brasileiro cresceu 1,7%.
  • O resultado foi puxado pelo crescimento observado no setor de Serviços (+2,3%) e na Agropecuária (+9,2%). A Indústria teve crescimento mais ameno de 0,5% no período.
  • No acumulado em quatro trimestres, o Idecon-DF registrou alta de 4,1%, porém abaixo da variação nacional (+4,7%). Foi o resultado mais elevado em toda a série histórica do Idecon-DF, iniciado em 2012.
  • No índice anual, os crescimentos dos Serviços (+4,1%) da Indústria (+5,0%) foram maiores. Já a Agropecuária apresentou desempenho inferior ao trimestral, com variação de -0,2%.

Resultado geral do 1º trimestre contra o mesmo trimestre do ano anterior

O Idecon-DF, índice calculado pela Codeplan para avaliar o nível da atividade econômica no Distrito Federal, registrou crescimento de 2,3% quando comparados os primeiros trimestres de 2021 e 2022. Com isso, a variação trimestral observada assegurou o quarto aumento seguido no nível de atividade econômica da capital brasileira , reforçando a percepção de que a economia permanece mais dinâmica que no ano passado. O desempenho distrital também se encontra acima do observado em nível nacional, trazendo um percentual superior que o calculado para o PIB brasileiro no trimestre.

Gráfico 1 – PIB-Brasil e Idecon-DF – Trimestre em relação ao mesmo trimestre do ano anterior – 1T2016 a 4T2021

Fonte: IBGE e Codeplan. Elaboração: NUCON/GECON/DIEPS/Codeplan

O cálculo do índice é detalhado para os três setores mais relevantes para a economia local: Serviços, com 95,7% do índice; Indústria, que possui peso de 3,9% no cálculo total; e Agropecuária, com 0,4% de contribuição para o índice.

Desempenho dos setores

O bom desempenho do Idecon-DF foi influenciado pela expansão verificada no setor de Serviços, que apresentou um crescimento de 2,3% no primeiro trimestre de 2022 em relação ao mesmo período do ano anterior. A maior variação positiva é verificada na categoria denominada Outros serviços (+6,0%), em função, majoritariamente, da melhora notada nos Transporte, armazenagem e correio e nas Atividades profissionais, científicas e administrativas. O bom desempenho espelha os ganhos decorrentes da diminuição das exigências de isolamento social e do avanço da vacinação. Esses fatores têm contribuído para uma maior circulação de pessoas e mercadorias, o que estimula um ritmo produtivo mais acelerado e uma maior demanda por serviços. Já o Comércio se destacou por ter apresentado a maior retração do período, -1,3%.

A Indústria, por sua vez, apresentou avanço de 0,5% em relação ao primeiro trimestre de 2021, refletindo o desempenho positivo, porém ameno, de todos os seus subsetores. O destaque ficou a cargo da Construção, que representa 51,8% do setor e que apresentou no trimestre seu sétimo resultado positivo consecutivo. Já o setor da Agropecuária apontou o maior crescimento no trimestre, com variação de +9,2%. O resultado foi influenciado principalmente pelos aumentos de 32,4% na produção de sorgo e 16,6% na de soja em relação ao primeiro trimestre de 2021, que superaram a queda de 9,9% na colheita de milho distrital.

Resultados acumulados em quatro trimestres

Considerando o desempenho de longo prazo da economia do Distrito Federal, a atividade econômica distrital apresentou crescimento de 4,1% no indicador acumulado, que engloba o período de abril de 2021 a março de 2022 em relação ao período de abril de 2020 a março de 2021. Apesar de ficar abaixo do resultado observado no cenário nacional (+4,7%), o valor ainda é o mais elevado em toda a série histórica do Idecon-DF, iniciado em 2012, ilustrando a recuperação econômica da capital federal.

O panorama otimista é impulsionado pela melhora na performance no setor de Serviços (+4,1%). As atividades industriais, por sua vez, lograram uma variação positiva de 5,0%, enquanto a Agropecuária passa a apresentar resultado negativo no acumulado em quatro trimestres (-0,2%)