PIB do Distrito Federal variou 1,7% em 2018

O Produto Interno Bruto do Distrito Federal (PIB-DF) acumulou ao longo de 2018, em valores correntes, R$ 254,817 bilhões, resultado que manteve o Distrito Federal na oitava posição entre as maiores economias estaduais do Brasil desde o início da nova série, em 2010. Em 2017, totalizou R$ 244,722 bilhões.

Na comparação de 2018 com 2017, o Distrito Federal registrou variação positiva de 1,7% para o volume (variação real) do PIB. Após o cenário de crise econômica que se instalou em 2015, quando o PIB-DF registrou a primeira variação negativa (-1,0%) em sua série histórica iniciada em 1985, a economia brasiliense manteve-se estável em 2016, com variação nula (0,0%) e, em 2017, cresceu 0,3%. A trajetória crescente do PIB-DF evidenciou a recuperação da economia, mesmo que em ritmo lento. O índice registrado pelo PIB-DF ficou próximo à média brasileira, de 1,8%.

Apesar de terem apresentado crescimentos semelhantes, em 2018, o Brasil e o Distrito Federal possuem estruturas econômicas distintas¹. O perfil produtivo local é pautado, essencialmente, pela dinâmica do setor de Serviços, com grande influência da atividade pública, que confere ao Distrito Federal certa estabilidade, tanto em períodos de crise quanto de progresso econômico. No DF, os setores Agropecuário e Industrial possuem pequena representatividade, em termos relativos.

Gráfico 1 – Evolução do volume do PIB do Brasil e do Distrito Federal (%) – 2003 a 2018

Fontes: Codeplan – Diretoria de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas – Gerência de Contas e Estudos Setoriais – Núcleo de Contas Regionais; e IBGE em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, Secretarias Estaduais de Governo e Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA).

O Setor Agropecuário é o de menor participação na economia brasiliense e totalizou R$ 1,023 bilhão de valor adicionado bruto em 2018. Em volume, encolheu 6,9% após crescer 20,3% em 2017. A participação da Agropecuária no valor adicionado total da economia subiu de 0,4%, em 2017, para 0,5% em 2018. O setor apresentou contração em volume (-6,9%), mas a variação média dos preços (deflator) foi positiva (32,7%), o que impactou favoravelmente no valor adicionado agropecuário.

A Indústria mostrou reação ao assinalar elevação de 2,7% em 2018, após sucessivos recuos de 2014 a 2017. Entre 2017 e 2018, a Indústria local gerou R$ 9,541 bilhões em valor adicionado e ganhou participação relativa de 0,3 ponto percentual, saindo de 3,9% para 4,2%. Todos os subsetores apresentaram crescimento.

O Setor de Serviços é preponderante na economia do Distrito Federal e cresceu 1,5% entre 2017 e 2018. O índice nacional foi de 2,1% na mesma base de comparação. Com valor adicionado bruto de R$ 215,561 bilhões em 2018, o setor perdeu participação relativa na economia local, passando de 95,7%, no ano anterior, para 95,3%. Nove das 11 atividades de serviços apresentaram variações de volume positivas.

Gráfico 2 – Variação em volume do PIB, do valor adicionado dos setores econômicos e dos impostos sobre produtos, líquidos de subsídios – Distrito Federal – 2011 a 2018

Fontes: Codeplan – Diretoria de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas – Gerência de Contas e Estudos Setoriais – Núcleo de Contas Regionais; e IBGE em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, Secretarias Estaduais de Governo e Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA).

¹ Participação dos grandes setores no valor adicionado total, em 2018. Brasil: Agropecuária (5,2%), Indústria (21,8%) e Serviços (73,0%). Distrito Federal: Agropecuária (0,5%), Indústria (4,2%) e Serviços (95,3%).


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