IPCA-15: DF tem a menor alta entre as regiões pesquisadas

  • O IPCA-15 mensurou em 0,38% o aumento de preços na capital federal.
  • A principal contribuição positiva veio do grupo de Transportes (+0,13 p.p.), enquanto o grupo de Saúde e cuidados pessoais (-0,04 p.p.) segurou uma inflação maior no mês.
  • Na capital, a Passagem aérea protagonizou a maior contribuição individual positiva (+0,14 p.p.).
  • A Energia elétrica residencial teve sua quinta alta consecutiva e acrescentou 0,14 p.p. ao índice geral.
  • Gasolina teve alta de 0,52% e contribuição de 0,05 p.p.
  • No acumulado em 12 meses, Brasília (DF) ainda registra alta de 7,23%, e o Brasil, de 8,59%.

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Gráfico 1- IPCA-15: Variação mensal e acumulada em 12 meses (%) – Brasil e regiões pesquisadas – julho de 2021

Fonte: IBGE. Elaboração: GECON/DIEPS/Codeplan

A inflação do Distrito Federal, mensurada pelo IPCA-15, ficou em 0,38% em julho de 2021 de acordo com os dados. resultados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse é o menor percentual de variação mensal entre as regiões pesquisadas. No acumulado em 12 meses, a capital também apresenta a menor variação de preços (7,23%), valor que ainda supera o limite superior da meta de inflação estipulada para 2021 (5,25%) e a inflação média nacional acumulada no mesmo período (8,59%).

Dos nove grupos analisados, cinco apresentaram alta de preços. O destaque ficou com os serviços de Transporte, cuja variação mensal de 0,94% rendeu uma contribuição positiva de 0,22 ponto percentual (p.p.) para o índice geral de julho. Habitação (+0,17 p.p.), Artigos de residência (+0,04 p.p.), Educação (+0,01 p.p.) e Alimentos e bebidas (+0,01 p.p.) são as outras categorias que ajudaram a puxar a alta de preços no mês. Despesas pessoais manteve-se estável (0,00% e 0,00 p.p.). As contribuições negativas ficaram a cargo de Comunicação (-0,01 p.p.), Vestuário (-0,02 p.p.) e Saúde e cuidados pessoais (-0,04 p.p.).

Gráfico 2: IPCA-15: Variação (%) e contribuição (p.p.), por grupo de produtos – Distrito Federal – julho de 2021

Fonte: IBGE. Elaboração: GECON/DIEPS/Codeplan

A ênfase dada aos serviços de transporte se deve, entre outros fatores, à alta nos preços de três itens. O primeiro diz respeito ao Transporte público (+4,67% e 0,13 p.p.) em função do aumento verificado nas Passagens áreas (+26,40% e 0,14 p.p.), item de maior contribuição individual para o IPCA-15 de julho. Em seguida, temos os Combustíveis (veículos), cuja variação de 0,60% elevou em 0,06 p.p. o índice geral, refletindo, majoritariamente, o comportamento da Gasolina (+0,52% e +0,05 p.p.).

No grupo de Habitação, pesou a variação positiva da Energia elétrica residencial (+5,40% e 0,14 p.p.), a quinta consecutiva, que, no ano de 2021, já acumula uma inflação de 8,31%. Essa situação se dá, entre outros fatores, pela crise hídrica que atinge o Brasil e prejudica a produção de energia elétrica. No entanto, ela enseja cuidados, uma vez que, esse serviço onera mais o orçamento das famílias de mais baixa renda da capital.

Tabela 1 – IPCA-15: Maiores contribuições (p.p.) e suas respectivas variações (%), por item – Distrito Federal – julho de 2021

Fonte: IBGE. Elaboração: GECON/DIEPS/Codeplan

Tabela 2 – IPCA-15: Maiores contribuições (p.p.) e suas respectivas variações (%), por subitem – Distrito Federal – julho de 2021

Fonte: IBGE. Elaboração: GECON/DIEPS/Codeplan

Em compensação, o grupo de Alimentação e bebidas, também de grande participação no orçamento das famílias, ficou próximo da estabilidade com a ajuda das Frutas (-7,43% e -0,06 p.p.), principalmente da Banana-prata (-20,23% e -0,04p.p.), e da Cebola, cuja variação de -29,29% diminuiu em 0,03 p.p. o índice geral do mês. Da mesma forma, vale mencionar a deflação do Plano de saúde que, com sua variação de -1,22%, decresceu 0,07 p.p. do IPCA-15 de julho.