PNADCT: Taxa de desemprego do segundo trimestre é de 14,2% no DF

Resumo

  • A taxa de desocupação do Distrito Federal encerrou o segundo trimestre de 2021 em 14,2%, reduzindo 0,5 ponto percentual em relação ao trimestre passado e 1,4 p.p. em relação ao segundo trimestre de 2020.
  • A população ocupada no Distrito Federal apresentou alta de 7,6% em comparação ao mesmo período do ano anterior, o que representa um incremento de 98 mil pessoas ocupadas.
  • Porém, em relação ao trimestre passado, houve queda de 0,2% no número de ocupados, representando uma redução de 3 mil pessoas.
  • O rendimento real médio dos trabalhadores locais foi de R$ 4.477 no segundo trimestre de 2021, apresentando crescimento de 10,0% em relação à igual período do ano anterior.

Gráfico 1 – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Trimestral – Taxa de desocupação, com e sem ajuste sazonal – Distrito Federal – 1T2016 a 2T2021

Fonte: PNAD Contínua Trimestral/IBGE. Elaboração: GECON/DIEPS/Codeplan.
Dessazonalização realizada através do método X13-ARIMA-SEATS.

A taxa de desocupação do Distrito Federal encerrou o segundo trimestre de 2021 em 14,2%, apresentando queda de 0,5 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior. Os dados vêm da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Trimestral divulgada pelo IBGE. Como é mostrado no Gráfico 1, historicamente, o segundo trimestre de cada ano apresenta uma taxa de desemprego inferior à observada no trimestre anterior. Esse comportamento sazonal só não foi observado, em parte, em função do evento atípico causado pela pandemia de Covid-19.

A população ocupada no Distrito Federal apresentou redução de 3 mil pessoas (-0,2%) entre o segundo trimestre de 2021 e o primeiro trimestre de 2021. Apesar de negativo, o valor é superior ao registrado no segundo trimestre de 2020, de forma que, nessa comparação, o resultado é de uma de 98 mil pessoas ocupadas (+7,6%).

A taxa de desemprego local caiu mesmo com uma diminuição no número de ocupados em função da queda na taxa de participação da força de trabalho, ou seja, do número de pessoas que estão procurando emprego no período. Essa taxa passou de 64,0% no primeiro trimestre de 2021 para 63,5% no segundo trimestre de 2021, o que pode representar, entre outros fatores, dificuldades da população em conseguir emprego ou uma decisão de não procurar por uma vaga diante da retomada do pagamento do auxilio emergencial a partir de abril de 2021. Porém, o indicador se encontra acima do observado no mesmo trimestre de 2020 (60,5%), que capturou os piores meses em relação aos impactos da pandemia no Distrito Federal.

Em se tratando das ocupações dos trabalhadores, houve aumento no número de empregados em seis das oito ocupações analisadas, na comparação com o segundo trimestre de 2020. As exceções foram o setor privado com carteira assinada, com queda de 6,4% (-33 mil pessoas) e trabalhador doméstico com carteira (-14,7% ou -5 mil pessoas).

Entre os demais segmentos, o que desempenhou melhor variação absoluta foram os trabalhadores por conta própria, que absorveu mais 50 mil pessoas (+20,2%). Em percentual, os trabalhadores domésticos sem carteira assinada obtiveram alta de 37,0% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (+17 mil pessoas). Apesar de menos expressiva, a variação dos empregados no setor privado sem carteira ficou positiva em 31,6% com +31 mil pessoas.

Na comparação com o primeiro trimestre de 2021, quatro entre oito segmentos analisados obtiveram variações positivas, com os trabalhadores domésticos sem carteira assinada se destacando com variação de 18,9% (+10 mil pessoas), a maior no período. Em seguida, os trabalhadores por conta própria, apesar de possuírem maior variação absoluta (+16 mil pessoas), obtiveram variação percentual de 5,7%. O destaque negativo ficou com os empregados no setor público, que registraram queda de 27,4% ou 92 mil pessoas no período.

Por fim, o rendimento médio real dos trabalhadores locais foi de R$ 4.477 no segundo trimestre de 2021, valor que representa uma queda de 2,4% sobre o montante registrado no primeiro trimestre do mesmo ano (R$ 4.588) e de 10,0% em relação ao segundo trimestre de 2020, como é mostrado na Tabela 1. Esse resultado foi impactado, em partes, pela queda no número de empregados do setor público no Distrito Federal, setor esse que possui remuneração mais elevada comparado aos demais.

Tabela 1 – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Trimestral – Principais resultados – Distrito Federal – 2T2021

Fonte: PNAD Contínua Trimestral/IBGE. Elaboração: GECON/DIEPS/Codeplan.